Treino Zarathos x Matt

Eu havia ficado de treinar com Zarathos, na floresta. Fui sem muita pressa de chegar lá. Assim que cheguei, já vi que ele já estava lá, me aguardando. Ouço ele dizer que nosso treina seria uma corrida, e com sinceridade, eu esperava algo mais complicado. Dei de ombros, indiferente, concordando com ele. Suspirei, rapidamente subindo na árvore e disse.
- Voar não vale, ok?
Após dizer tais palavras, já começo a saltar de árvore em árvore, indo na direção a entrada da cidade. Ia o mais rápido possível, mas, tentando não manter sempre uma reta fixa, para evitar que Zarathos de alguma forma me derrubasse. Estava sempre atendo para levar aos mãos ao caderno, pois sabia que provavelmente o Anjo Caído iria tentar fazer com que eu caísse.

Continua pulando de árvore em árvore, na direção da entrada da cidade. Ao ver que o Anjo Caído estava usando de seu poder para conseguir se mover com mais facilidade e velocidade, gritei.
- Ei, isso é errado, cara!
Mas, sabia que de nada adiantaria. Continuo correndo, até ver ele arremessar bolas de energia em minha direção e logo me passar. Dou um sorriso com o canto da boca, pego meu caderno. Sem ter como conseguir sangue, mordo meu polegar fortemente, até que o mesmo comece a sangrar. Rapidamente desenho um escudo, logo ele sai do caderno e vem para minha mão. Com este, bloqueio as bolas de energia e faço o escudo desaparecer. Aproveitando o pouco de sangue que ainda tinha no polegar, desenho uma criatura irreal. Um dragão, para ser exato. Um dragão, daqueles que eu ouvia histórias, lia sobre eles, mas que infelizmente não existiam. E pela descrição que havia nas histórias, eu o desenho. Assim que termino, vejo ele "saltar" das páginas para o mundo real. Assim que ele surge, pulo para suas costas, e o vejo voar o mais rápido possível. Depois de uns vinte e cinco minutos de voo, eu já sabia que o desenho ia perder o efeito, e com isso, volto a pular pelas árvores, na velocidade máxima, já que eu estava descansado.
Algum tempo depois, já conseguia ver Zarathos parado, esperando. Esperando que o polegar voltasse a cicatrizar, mordo o indicador e desenho quatro pequenas facas, arremessáveis. Após desenhá-las e vê-las tomar forma, seguro todas em uma única mão e as jogo em volta do Anjo Caído, apenas para "assustá-lo", e digo, chegando ao seu lado.
- Na próxima, sem poderes, Senhor Anjo Caído.
Logo, me despediria dele e iria embora.

Zarathos segura um de meus socos, mas recebe a joelhada. Ele me joga no chão e fica com o joelho em cima de meu abdômen. Ponho meus braços na frente do rosto, mesmo sabendo que não iria aguentar muito, pelos golpes anteriores. Sabendo que não resistiria por muito tempo, tento, usando minhas pernas, encaixar um "triângulo" no pescoço do Caído. Com isso, o apertaria até me soltar. E caso não soltasse, tentaria empurrá-lo com as pernas.

Ao ver que o Caído, assim que eu o prendo, abre suas asas e começa a voar. Assim que atingimos uma boa altura, ele usa seu poder para me fazer soltar, e com isso vou em queda livre até o chão. Sem ter muito tempo, pego meu caderno e, usando minhas presas, rasgo meu polegar. Com o sangue, faço um rápido desenho de uma criatura mitológica. Eu a desenhei a partir de histórias que ouvi e desenhos que vi. Era um grande dragão, com longas asas. Rapidamente, me seguro nele e ele me deixa no chão.
Após me livrar do susto de quase cair de uma grande altura diretamente no chão, vejo que Zarathos havia feito dois humanoides a partir de sua umbracinese. Sem ter tempo, pois eles vinham em minha direção, uso o sangue restante no dedo para desenhar duas criaturas idênticas as que ele fez, e as ordeno que lutem contra os humanoides do Caído. Após ambos estarem ocupados, mando o Dragão partir para o ataque, e em seguida, eu vou.
O Dragão tentava atacar usando suas garras da mão e pés, ele poderia atacar com a boca, ou talvez cuspir fogo, não sabia se era capaz disso, mas mesmo que fosse, isso era um treino. Enquanto o dragão tentava atacar o caído pela direita, eu tentei acertá-lo com dois socos no rosto, e uma rasteira, pelo lado esquerda. Após a sequência, subiria no dragão e ordenaria que ele se afastasse, voando a dois metros do chão.

Vejo o Caído apontar a mão estendida para o Dragão e logo ele explode. Rapidamente, Zarathos faz algo semelhante a uma arma e dispara contra mim. Três vezes. Sinto apenas dois acertarem. Um me acertou em cheio, no centro do tórax e um outro, de raspão no ombro. Em ambos os lugares, senti uma forte dor. Mas não era como um tiro comum, era como se fosse uma bala de borracha. Levanto-me atordoado, me afasto e logo mordo o indicador com meus dentes, e o rasgo. Com o sangue, faço uma adaga de prata e corro na direção de Zarathos. Com a velocidade da corrida, derrubo o Anjo Caído e pouso a lâmina de minha adaga em seus pescoço.
Saio de cima de Zarathos e o ajudo a se levantar. Após isso, despeço-me dele e saio do local, indo em direção a floresta para ficar um pouco em paz.