Jardins

Chegava ao jardim, estava pronto para tentar chamar aquela criatura novamente... Talvez com raiva, mas raiva era uma das coisas que eu não tinha muito... Pensava no que eu iria fazer, não sabia, mas talvez... Apenas talvez... Nix tivesse me concedido esse dom... Mas eu ainda não achava isso um dom, então... Porque ela faria isso? ela talvez tivesse planos para mim, só queria que esses planos não tivesse a palavra "Rafael morre" no meio. '-'
Caminhei até um árvore, que tinha vários galhos, era bem alta... parecia que nem era uma árvore... Parecia mais aquelas árvores de filme, onde os macacos, sobrem e pulam de tronco em tronco.
Fiquei embaixo dela... Não conseguia sentir aquele animal dentro de mim, pelo menos não agora...

Então fechei os olhos, e me concentrei... tentei imaginar o Animal... Mas nada... Comecei a sentir algo, nada comparado ao que senti na praça. Mas sim algo bom, algo feliz... Como... Luz...
Abri meus olhos, e vi minhas mãos cobertas por luz, não fazia a menor ideia do que era aquilo, mas até então pareciam chamar brancas... que brilhavam muito... Um fiquei até meio assustado, me perguntava o que era aquilo, de onde havia surgido.
Aquela luz começou a se espalhar pelo meu braço, em poucos segundos meus braços estavam tomados por luz... chamas brancas. Fechei meu olhos, não queria ser queimado vivo, mesmo aquilo não fazendo muito efeito em meu corpo... Só deixava minha cabeça rodando... Mas esvaziei a mente... deixando meus pensamentos fluírem... Senti as chamas voltarem apenas para minhas mãos... e então virarem bolas... bolas de luz, perfeitamente redondas... e não se espalhavam, aquilo estava muito estranho. Mas era legal, não me sentia com dor nem nada do tipo.

Fechei as duas mãos fazendo aquilo sumir... então, dei um longo suspiro, respirando fundo, aproximei minhas mãos as deixando bem próximas uma da outra... Então criei uma bola de luz, agora mais forte a luz, tinha até um barulho como a turbina de um avião, mas bem baixinho... Mal dava para ouvir, aquela bolinhas de luz começou a crescer... até que eu fechei minhas mãos, pressionando uma contra a outra... Então a luz se espalhou, passando entre os galhos da árvore... e seguindo em todas as direções, como fogos de artificio.
Fiquei observando, era tão bonito... Me trazia lembranças de quando eu passava o Natal, e o ano novo com meu irmão... de alguns momentos com minha ex namorada.


(Continua...)

Estava tudo indo bem, aquilo era muito bonito... Toda aquela luz, iluminando a noite... Mas então senti outra coisa, como se algo em mim, não quisesse que eu ficasse com toda essa felicidade, senti uma forte dor.
Cai de joelhos no chão, fazendo toda e qualquer luz no céu sumir... Senti como se algo estivesse tentando tomar meu corpo, Não queria deixar, mas não adiantava eu lutar, parecia inútil, como se não fosse eu, e talvez não fosse.

Bati com uma das mãos no chão, e vi ela ficando maior e mais peluda, meu olhos se arregalaram, mas logo após isso começou a acontecer com o resto de meu corpo, minha camiseta já estava rasgada, Virei com muita força acertando a árvore. Eu parecia estar descontrolado, como se algo me impedisse de controlar minhas ações.
Só estava com raiva, como se isso tivesse tomado meu corpo, como se algo maior tivesse no meu lugar. As coisas estavam ficando mais e mais embaçadas, como se eu tivesse sendo tomado por aquilo, estava apenas vendo uma pequena luz... meio escura... era a noite, era fora daquilo. Estava prestes a perder o controle de mim mesmo, quando por um milagre.

Vejo Saddam, meu Lobo, ele parecia um cachorrinho bem pequeno perto de mim agora. Não sabia o porque ele estava ali, por um momento me lembrei do garoto, sera que ele havia avisado sobre o que estava acontecendo? Mas aquilo não importava, Saddam, estava com uma coleira, e quanto mais se aproximava de mim, mais ele crescia, me assustei, pois ele ficou quase do tamanho da criatura.
Se aproximou, "eu" iria o acertar com as garras, mas tentei me controlar, o que fez "eu" hesitar, quase que momentaneamente, Saddam colocou as patas em meu peito, e me derrubou no chão. Seus olhos estavam diferente... Quando o olhei nos olhos, vi muita coisa, vi todo o passado, um passado distante, vi guerra, batalha, lutar... Uma bandeira com o simbolo de uma família, mas não sabia bem o que era, vi vários Lobos, então comecei a entender.
Quando entendi boa parte daquilo, comecei a para de ser jogado para baixo, como se eu tivesse tomando controle da criatura.... Mas ainda não, não era aquilo, eu me senti mais forte, sabia agora que eu era um deles, Saddam foi deixado para mim por meu avô com o propósito de me ajudar a controlar isso...

Ele saiu de cima de mim, me ergui do chão, não estava mais sentindo dor, mas também não conseguia me mexer livremente, Saddam permanecia com um olhar diferente, como se só com sua presença o Lobisomem dentro de mim, não me tomasse, estava sobre controle, mas não por mim, então comecei a diminuir novamente, como se tivesse voltando ao normal, Saddam também voltou ao tamanho na qual eu o conhecia.
Respirei fundo, não sabia quase nada do que fazer, mas agora eu sabia como, eu havia conseguido essa coisa dentro de mim. E o porque.
Não sabia se deveria contar a mais alguém, até porque eu não confiava em ninguém ali...
Apenas dei um sorriso para Saddam, que sempre estava comigo, em todas as horas... Boas ou ruins, e me segurei nele, para que ele me ajudasse a retornar ao dormitório...


ENCERRADO

Já estava bem melhor, estava muito melhor para ser bem sincero, pensava em tudo que tinha acontecido. Eu não estava lá muito bravo, mas eu havia ido ali, para treinar mais...
Eu estava muito bem já, mas não era o suficiente... Parecia que eu queria ser o melhor.
Sem nem ao menos mexer as mãos... controlei o ar a minha volta, o deixando como um pequeno furacão. Com toda a energia que eu estava agora, e mais o que havia sobrado da energia que estava dentro de mim de Rihc... eu estava muito forte. Fechei a mão. E então o ar explodiu no chão... uma cortina de fumaça se formou, e eu fiquei bem no meio dela... Assim que se acalmou estava no chão
Era igual, o desenho no chão... Me concentrei fechando os olhos, eu senti algo... as nuvens estavam completamente fechadas... Em tulsa estava chovendo, então logo essa chuva estaria aqui...
Eu sentia algo a mais agora... Não sei dizer o que, mas era fácil, algo... Liquido... Como...
Não sabia o que era, mas uma leve garoa começava a cair, e após aumentando para uma chuva mais grossa... e forte...
Era como água. Só poderia ser. Fiz alguns movimentos, esticando a mão. com velocidade e força, quando minha mão ficou esticada... As gotas de água a minha volta pararam de cair... Abaixei a mão, e fiquei olhando, era como se o tempo tivesse parado, tudo estava normal. Mas as gotas nem se mexiam...
Levei uma de minhas mãos até perto do peito, mas esticada para frente. As gotas de água todas se acumularam em meu braço... conseguia o mexer normalmente...
Com a outra mão... Fiz uma camada de ar, muito forte, cobrir todo meu braço... mas o outro. Então aproximei as duas mãos... Eram dois poderes incríveis...
Abri rapidamente os braços... assim fazendo os dois... água e ar... se expandirem em todas as direções...
Então a água colidiu com o chão... fazendo com que se formasse no chão tais símbolos
Estava um pouco mais ao lado do outro. Fiquei parado admirando os símbolos.

FIquei parado por algum tempo... Apenas pensando em várias coisas... A chuva estava forte... vários trovões caiam... Mas nenhum perto... Eu queria ir alem daquilo, ver até onde meu corpo aguentaria ir...
Um raio caiu mais perto... Perto dos muros... eu deveria ir até lá... Eu sentia que eu estava ligado a esses raios... como Se... Não sei dizer...
Mas quando fui correr, um raio caiu em minha direção, levantei uma de minhas mãos... e o Raio passou pelo meu corpo, mas não me deu choque... Eu consegui o canalizar em uma bola em minhas mãos... Usando muita força... Estava tremendo já...
Estiquei minhas mãos para o céu, fazendo o raio voltar... era algo realmente muito forte...
Fiquei até meio assustado... Mas eu deveria esperar outro raio nos muros... talvez para treinar mais.
Então sai correndo indo em direção aos muros.

ENCERRADO