Hall de Entrada

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 5:37 pm

O motor do Mustang soou alto enquanto o carro invadiu a garagem com muita velocidade. Tudo na casa era automatizado e isso facilitava demais a minha vida. Descemos do carro sem sentir o efeito da chuva. Carreguei o rapaz no ombro até a sala onde o joguei no chão tirando a camisa logo em seguida pela mesma estar molhada.

Segui para trás de Lilith e perguntei ao ouvido da garota em um sussurro talvez arrepiante segurando a barra da camisa por baixo :

- Não prefere tirar isso? Esta molhado e... pode te deixar resfriada.

Sorri maliciosamente encontrando o olhar de Nath. As duas teriam muita atenção naquela noite, talvez brincássemos de caçar aquele humano que logo iria acordar e transformaria uma simples refeição em uma gincana interessante.

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 5:42 pm

Erick. O vampiro era Erick, o mesmo nome do rastreador...No caminho até a mansão fui cantarolando para ver se a garganta parava de queimar.
-Uopaaaa! Isso é incrível!
Digo olhando a enorme construção a minha frente. A chuva diminuirá. Havia aberto uma brecha da janela para ventilar. O que foi refrescante já que estávamos em alta velocidade. Encostada no banco mais relaxada observava Erick contornar a casa para estacionar.
***
Entramos na casa e Erick jogou o humano no sofá.
-Ei!
Viro me para a caloura sorrindo e lhe pergunto.
-Você é a única que não nos falou seu nome... Tirando essa coisa que não importa muito.
Digo franzindo o nariz e apontando para o humano que estava ali atrás aguardando minhas presas.
-Demorará muito para ele acordar?
Pergunto a Erick ao mesmo tempo que ele pergunta para a caloura se queria tirar a blusa molhada. O que me fez brotar um sorriso no rosto e encarar a garota.

por Lilith Grigori Dom Out 07, 2012 5:54 pm

Olhei curiosa para a mansão que surgiu diante de nós, com uma construção majestosa e tão bela, que lembrou-me até mesmo da casa dos meus pais. Soltei um leve suspiro. Como eu sentia falta de casa... Me perguntei se um dia eu poderia voltar a viver no conforto em que Erick vivia, e se voltaria a morar sob o teto dos meus pais, mesmo que a ideia parecesse distante e um tanto impossível.
Adentramos a construção que assim como o exterior, era igualmente maravilhosa no interior. As paredes altas, escadas de mármore, tudo o mais luxuoso e bem decorado possível... Me perguntei se Erick morava sozinho em uma casa tão grande como aquela, digo, mansões são legais, mas podem ser muito solitárias quando vazias. Meus olhos pararam no garoto que foi jogado contra o sofá, e senti um aperto no coração bater. Eu não sentia medo, mas sim me sentia incomodada por um humano estar sendo tratado como um animal... Eu não deveria sentir medo por ele? Eu não deveria me sentir mais humana do que vampira? Então por que não estava ligando para aquele fato horrorizante?
Estremeci ao sentir o hálito quente do vampiro de tão próximo de mim, e ao sentir suas mãos quentes em minha cintura. Engoli em seco sentindo os batimentos cardíacos acelerarem, mas muito mais confiante do que imaginei que um dia seria, apenas balancei a cabeça, lhe abrindo um sorriso e afastando sua mão de mim, virando-me em sua direção com um olhar um tanto divertido.
-Eu estou muito bem, senhor. -Revirei os olhos enquanto sentava-me em uma poltrona próxima ao garoto desmaiado. -Mas sintam-se a vontade.

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 6:05 pm

Mordi o lábio inferior co ma resposta dela e sorri curto aceitando o desafio. Ouvi a pergunta de Natasha e olhei para o garoto antes de sussurrar:

- Terão 2 minutos para captura-lo assim que ele acordar e correr. Se ele sobreviver a dois minutos ele estará livre e vocês perdem o lanche da noite.....

Busquei uma tigela de sorvete de chocolate e muitos M&M's colocando na mesa de centro:

- O que vai acontecer... agora.

O rapaz acordo e vislumbrou as duas. Um pânico assumiu sua face quando me notou sem camisa e viu os biotipos que estava ali. Ele gritou alto para as meninas sorrindo mesmo com medo:

- Fico feliz de ter matado algum amigo de vocês nas caçadas que mesu pais fizeram.

Joguei um m&m's pro ar e apanhei com a boca:

- Viu.. culpado... peguem.

Ele correu, bastava saber se as meninas segurariam o filho da fé.

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 6:16 pm

Matado... Amigos ? Quem?... Puta merda esquece ele era meu lanche e era bom que eu o tivesse. Mostrei as presas para o garoto que começara a correr para a cozinha e saiu pela porta de trás. Merda pensei. Sai correndo atras do garoto que acabara de adentrar a mata que ficava atras da casa. Eu iria o pegar, hello vermelhos são rapidos, sentia o cheiro dele mas não o via mais. Bastava uma visão dele e poderia retirar sua visão. Fiquei atenta. Ja não parecia uma brincadeira. Eu estava caçando. Meus caninos queriam a perfurar a pele dele. Desviava das árvores com agilidade. Não ouvia a azul logo atras de mim. Seria gentil e o dividiria, seria uma chatice mas era justo faze-lo. Como arrastaria o corpo não sei, notei que queria mais era ferilo e o ver sofrer. Gato e rato.
Acelerei, sentia o humano mais perto.

por Lilith Grigori Dom Out 07, 2012 6:30 pm

Meus olhos pararam frios em Erick na medida em que ele explicava-nos a "regra" que deveria ser de um jogo. Um jogo de caça. Meus olhos se arregalaram assim que os do garoto se abriram e por um momento, houve um curto reconhecimento. Olhos verdes, cabelos ruivos... Eu já havia o visto em uma das reuniões do povo da fé. Meu coração disparou e por um momento, senti um choque tomar o meu corpo, e toda a confiança que tinha dentro de mim, quebrar-se em minusculos fragmentos, reduzindo-se a quase nada. O que eu estava fazendo ali? Eles iam matar aquele garoto! Seus olhos raivosos e o calor do momento lhe fez soltar uma frase, na qual foi infeliz de dizer. Quem ele havia matado? É claro que ele havia matado. Era um caçador.
Assim que saiu correndo pela porta, a vermelha o seguiu sem hesitação. Meus olhos se arregalaram e senti o desespero me tomar, tampando minha boca para não soltar um grito, e assim que os vi correrem, pulei para trás do sofá em que estava, olhando completamente horrorizada para o loiro. Ele havia feito aquilo comigo, eu sabia! Eu nunca teria vindo por vontade própria. Eu queria socá-lo até minhas mãos sangrarem.
-Por que me trouxe aqui? Ela vai matar ele! Não pode deixar que isso aconteça!
Exclamei conhecendo a sede da vermelha, que beberia do garoto sem sequer se preocupar se ele ainda respirava não. Sentindo a adrenalina tomar conta de mim, joguei os sapatos sociais que usava longe e mesmo com o tecido da saia que usava sendo desconfortável, corri o mais rápido que pude em direção à ambos, mas ao contrário da finalidade do jogo, queria salvá-lo. Não poderia deixar que um humano morresse!

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 6:41 pm

A menina resolveu então ir caçar, porém, era evidente que a caça dela seria a vermelha e ela iria morrer. Aquilo me enraiveceu. Segui as duas, mas minha velocidade era muito superior a alcancei o humano primeiro quebrando o pescoço do rapaz em migalhas. Arremessei o corpo para perto da casa e segurei Natasha com um braço e Lilith com a outra.

A raiva estava estampada na minha face e coloquei as duas dentro da casa junto ao corpo. Deixei Natasha se entender com o rapaz e segurei a caloura que não disse o nome pelo braço:

- Ele é um membro do Povo a Fé! ELES MATAM VAMPIROS E TENHO UMA NOVIDADE PRA VOCÊ GAROTA... VOCÊ É UMA VAMPIRA!

- Se não quer estar aqui vamos resolver essa situação.

A guiei até o carro tendo avisado antes a Natasha que já voltaria. Entrei no carro e fechei a porta dando ré e após isso indo com toda a velocidade para a HoN.

- Você é inocente, sinto mesmo que isso tenha acontecido a você, não merecia estar nesse mundo. Confie cegamente nas pessoas e elas a matarão, entenda isso. Te trouxe comigo por que é bonita e achei que deveria, porém, me enganei.

Parei na entrada da Morada e a observei enquanto ainda estava dentro do carro.

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 7:02 pm

Do nada vi o humano praticamente voar. E em um segundo Erick estava me seguranndo em um braço. Fiquei confusa e notei sua face irritada. Estava prestes a perguntar o que aconteceu quando a caloura veio correndo em minha direção e Erick a segurou evitando um grande impacto.
Voltamos para a mansão. No caminho fiquei observando o rosto de Erick que continuava belo.
Vi o humano se contorcendo no chão.... Deveria ter morrido. Ia perguntar qual era o lance quando...
- Ele é um membro do Povo a Fé! ELES MATAM VAMPIROS E TENHO UMA NOVIDADE PRA VOCÊ GAROTA... VOCÊ É UMA VAMPIRA!
Ouvi Erick esbravejar contra a azul.
- Se não quer estar aqui vamos resolver essa situação.
Continuou. Ele pegou a azul pelo braço e a levou até o carro após falar que voltaria.
Mas acho que sem ela. Fiquei sozinha. Peguei o maldito humano e o joguei para o outro lado. Dando um soco em seu rosto.
-Deveria empalha-lo vivo mas seria um desperdício de sangue. Deveria tortura-lo mais mas pelo jeito as coisas não estão bem.
Falei mordendo o humano com severidade. Bebi até que ele desmaiou. Deixei o corpo ali para Erick acabar com o sangue. Entrei na mansão e vi uma jacuzi. Pensei em entrar mas não era uma boa naquela situação.

por Lilith Grigori Dom Out 07, 2012 7:08 pm

Meus pés doíam ao bater-se contra o solo da área externa da casa, mas eu estava realmente focada em alcançar o humano e parar Natasha, mesmo que isso me custasse pés machucados e dores nas pernas. Antes que eu pudesse sequer perceber, o vamp de cabelos loiros nos ultrapassou com facilidade, agarrando o humano e sem qualquer hesitação, torcendo seu pescoço, fazendo emitir um barulho alto de ossos sendo quebrados e fazendo meu estômago embrulhar-se no tamanho de uma pequena ervilha, fazendo-me quase cuspir o coração. Levei as mãos à boca completamente horrorizada enquanto via ao corpo agora inerte sendo arremessado para dentro de casa. O espanto era nítido em meu rosto e eu sentia meus olhos arderem, sendo tomada por uma vontade enorme de chorar, e raiva... Raiva de Erick por ser tão insensível e ter uma alma tão maldita que nunca seria digna de salvação.
Minha respiração estava alta e eu tentava me controlar ao máximo quando tive o corpo agarrado e brutalmente levada para dentro da mansão agora gélida. Olhei para Erick com a garganta fechada com tantas palavras, enquanto ouvia-o despejar gritos irritados sobre mim. Só que ele era o monstro! Não eu! Ele não era apenas um vampiro, ele havia perdido completamente sua humanidade, ele era uma criatura das trevas na qual o meu povo caçava. Engoli em seco enquanto observava-o selecionando as palavras que poderia dizer à ele.
-Ai você está me machucando! -Exclamei sentindo as mãos fortes do garoto contra meu braço. -Sei que sou uma vampira, mas eu não escolhi isso! Eu quero salvação! Não quero ser um monstro como vocês! Esse não é o meu povo! Não é minha criação!
Exclamei indo contra qualquer educação que meus pais haviam me dado a vida toda. Eu nunca responderia alguém, eu nunca perderia a paciência, muito menos desceria do salto, mas Erick? Era um monstro. Não era digno de nada, muito menos de minhas palavras educadas. Com uma expressão fria, o garoto me arrastou em direção ao carro, para o qual andei aos tropeços sem reclamar. Escutei todas as suas críticas em silêncio na medida em que o carro voava pelo asfalto. Eu segurava o banco de couro com força com medo de sofrermos algum acidente, Erick parecia possuído com tanto nervosismo e ainda não sabia o que exatamente eu havia feito de errado.
Depois de alguns momentos, finalmente o carro parou em frente aos muros da Morada. Olhei pela janela a imagem noturna do castelo enquanto engolia em seco e sentia as batidas do meu coração forte. Minhas mãos estavam trêmulas, eu queria saltar para fora daquele carro, mas algo dentro de mim dizia que eu deveria falar com Erick, dizer que talvez ele tivesse uma salvação, cobrir seus pecados... Mesmo que nem ele acreditasse naquilo. Soltei um suspiro ainda focando a paisagem sem sequer me virar em sua direção, eu não conseguia olhar em seus olhos.
-Não sei quais são os seus problemas nem o que aconteceu para torná-lo como é... Mas eu tenho certeza que já foi humano, e quando era, seu "eu" era completamente diferente do que vemos hoje. Você é um monstro, Erick, mas tem chance de mudar. Todos temos. Mas tem que acreditar nisso. Poderia ser a sua única salvação.
Abri um sorrisinho enquanto abria a porta do carro em seguida e escutava as últimas palavras do garoto, apenas assentindo e saltando para o mais longe possível dele como havia amado fazer desde o início da noite.
-Boa noite, Erick.

ENCERRADO

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 7:20 pm

Havia me acalmado e minha feição já estava normal. S´oentão notei que ainda usava a jaqueta de couro mas sem camisa. O peito subia e descia enquanto eu respirava forte. Sempre voltava para a HoN, sempre tinha que revê-la. Isso fazia meu extinto dar brechas para um dor intensa, uma dor que jurei não sentir mais.

- Você não sabe nada sobre a minha vida e não sabe quantos eu perdi para ser assim. Suas palavras são tão vazias quanto as suas expressões.... Novamente julguei uma pessoa pela beleza e me ferrei com o que encontrei dentro dela.

Bati três vezes no volante. No som do carro tocava baixinho uma música do Bon Jovi, se bem ouvia era Always, sem olhar para ela falei sério:

- Ande com uma estaca na bolsa, outros podem aparecer e tenha uma boa noite caloura.

Assim que a menina saiu do carro e adentrou a morada eu dei ré e voltei para casa e me joguei no sofá perguntando mentalmente aonde estaria Natasha.

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 7:33 pm

Após rodar a casa ouvi barulho de carro. Olhei pela janela de um quarto de hóspede e vi Erick. Ainda tensa e meio sem grassa resolvi voltar para o hall. Me perdi por algum tempinho mas encontrei a sala e vi Erick no sofá.
Sem saber direito o que fazer e tentando escolher com cuidado as palavras que usaria.
Por que sentia medo de magoa-lo?
Afinal não possuia sentimentos. Queria humanidade mas seria dificil do jeito que eu era. A caloura poderia estar certa em querer o humano vivo.
E o fato que eu o queria morto acabava com minha reputação agora.
Me aproximei de Erick com as mãos cruzadas na frente. Fiquei calada por um momento.
-Está tudo bem?-pergunto calmamente minha voz saindo como um sussuro. Talvez fosse melhor o deixar em paz e ir embora.

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 7:42 pm

- Ele precisava morrer. Matou três de meus amigos a um tempo atras , porém, todo mundo abafou o caso e sequer saiu nos jornais.

Abri os olhos notando Natasha ali parada e me ajeitei no sofá a olhando nos olhos:

- Nunca fui assim.... sempre me importei com os outros, mas sempre me dei mal.... não quero mais pensar nisso. Como você esta?

Questionei Natasha abrindo um sorriso sedutor, natural para mim.

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 7:51 pm

Ouvi ele falar algo sobre três amigos mortos...
- Nunca fui assim.... sempre me importei com os outros, mas sempre me dei mal.... não quero mais pensar nisso. Como você esta?
Ele me perguntou.
-Bem- me sentia estranha na verdade.
-Eu estou bem.
Então ele sorriu pra mim. Um sorriso sedutor, com pociveis intensões. Não daria de facil. Me sentei no sofá do lado oposto ao dele.
-E ai?
Falei tentando pensar em algo que não fosse o que acontecera.

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 8:07 pm

Sorri para Natasha com um rosto cansado:

- O que ouvi hoje me trouxe de volta ao mundo. Tinha intenções diferentes com você.. mas estou muito cansado.

Me levantei ainda sem camisa e mirando Natasha no sofá:

- Esta tarde... quer dormir aqui?

por Natasha Grigori Dom Out 07, 2012 8:14 pm

- O que ouvi hoje me trouxe de volta ao mundo. Tinha intenções diferentes com você.. mas estou muito cansado.
Ok estava tudo bem, fitei seu peito nu até que...
- Esta tarde... quer dormir aqui?
Pisquei um pouco surpresa com a pergunta... Deixaria uma estranha dormi em sua casa...
-Tem certeza? ... Não será incomodo para você? Tem uma passagem para os tuneis não muito longe daqui.
Digo o fitando. Senti-me cansada, era melhor resolvermos se ficaria ali ou iria embora.
Logo amanheceria.

por **Erick Blake** Dom Out 07, 2012 11:29 pm

Fiz que sim com a cabeça. Estava com a cabeça pesada e precisava descansar. Havia sido um dia difícil, desde o inicio até o final. Fiz um cumprimento e sussurrei:

- Pode tomar banho e ficar onde quiser... meu quarto fica na quinta porta a direita do segundo andar caso queira dormir ao meu lado...

Não tinha oq ue temer naquele momento. Eu era poderoso, rico, bonito mas devastado por tudo. Arrastando o pé segui até o banheiro tomando uma boa ducha jogado na banheira. Meus olhos se fecharam e as palavras da garota martelavam minha mente...

" Monstro...monstro...monstro...."

Abri os olhos, tentava fugir da ideia que corria. Ele era um assassino, pessoas que matam devem ser mortas. Assim me levantei e sequei arrancando a rolha da banheira e deixando a água vazar limpando o sangue que estava em meu corpo e agora estava na água. Fui para a cama e me joguei ali fechando os olhos e caindo em sono profundo.

Encerrado.

por Natasha Grigori Seg Out 08, 2012 1:23 pm

Erick subiu as escadas em direção a seu quarto. Ainda sentada fiquei observando os moveis da sala. Depois de um tempo resolvi subi. Minhas pernas estavam cansadas.
Abri a porta do quarto cuidadosamente e o vi deitado na cama. Andei até a janela e olhei o céu , não seria um dia de sol, mas fechei bem as cortinas.
Deitei me do outro lado da cama ao lado de Erick, ele parecia tão bem agora. Virei para o outro lado.Não demorou para que os pássaros começassem a cantar, senti meus olhos se fecharem adormecendo profundamente.
" Sangue pingava em meus pés, o cheiro não era nada atraente. Aquele mesmo cheiro de sangue que eu sentia quando era humana, algo como metal. O sangue aumentou formando possas embaixo de mim, notei um espelho ali. Mas desejei não o ter notado. A imagem era tenebrosa. Reprimi um grito com um vomito de sangue. Tentei respirar, mas começou a escorrer sangue de meu nariz e orelhas. Notei meus olhos ganharem uma cor escarlate. Cai de joelhos chorando lágrimas vermelhas. No espelho vi alguém atras de mim, virando me para a pessoa, tentei falar com ela, pedir ajuda, minhas palavras tornaram-se um gemido de angustia. Não conseguia ver o seu rosto, se era homem ou mulher. Sentia que a conhecia. A visão estava embaçada, a pessoa não me ajudou, ficou me encarando, parecia querer me ver sofrer. Meu peito doía e minha cabeça pareceu girar a cada golfada de sangue. É um sonho, parte de mim dizia. Mas a outra parte, aquela no chão parecia não entender. Sentia meu corpo suar e se contorcer. Deite me no chão esperando a morte. A pessoa se virou e saiu. Foi no momento que o rapaz do povo da fé que pensei ter matado entrou no quarto que eu apaguei. Acordei com o rapaz me encarando com um sorriso brotado no rosto. Estava amarrada a uma espécie de poste de madeira. Sabia o que ia acontecer. O sol surgiu, estava amanhecendo, senti a pele arder e queimar. Um grito escapou de mim".
Lutava para acordar do pesadelo, angustiada sabendo que ainda estava de manhã e não conseguiria acordar até anoitecer.

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